Porto Velho
Rondônia inova e assina contrato para construção do primeiro hospital do País no modelo BTS
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Uma das assinaturas mais aguardadas pela população de Rondônia, a que garante a construção do novo Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia (Heuro), foi realizada na manhã desta segunda-feira (17) e é considerada um marco para o Estado e também para o Brasil, pois a unidade hospitalar será a primeira do país a ser construída no modelo Built to Suit (BTS), “construir para servir”, o que garante mais qualidade e especialmente agilidade na entrega.
A iniciativa do Governo de Rondônia faz parte do Plano Estratégico de Rondônia – Um Novo Norte, Novos Caminhos e tem como meta aumentar a cobertura da atenção de média e alta complexidade da Rede Estadual de Saúde.
O documento que garante que sejam feitos os projetos, construção e manutenção do novo hospital pelo Consórcio Vigor Turé, ganhador da licitação, foi assinado pelo governador de Rondônia, Marcos Rocha, que anunciou que o primeiro bloco do hospital ficará pronto ainda este ano.
‘‘Estou muito feliz. É um sonho assinar esse contrato tão importante. A nossa luta para encontrar uma solução para entregar à população o Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia começou em 2019, quando passamos a estudar modelos, e chegamos ao BTS que vai permitir que o hospital fique pronto em 30 meses, ou seja, dois anos e meio, ao contrário de um modelo tradicional que demoraria mais de dez anos. Temos obrigação de fazer o melhor, pensando nos interesses da população. Nele, serão oferecidos vários serviços de uma forma exemplar’’, garante Marcos Rocha.
‘‘Rondônia está inovando e vários estados já estão querendo fazer como Rondônia está fazendo, no modelo Built to Suit pela qualidade da obra, rapidez da construção, e inclusão da manutenção predial. O que faz com que a empresa construa com material de qualidade e tira do Governo essa responsabilidade com a manutenção. É algo inovador, bom, moderno, eficaz e eficiente, fazendo jus àquilo que a população espera do Governo de Rondônia’’, reforça o gestor da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Fernando Máximo.
INÍCIO DAS OBRAS
Com a assinatura do contrato, o consórcio tem 60 dias para entregar os projetos de construção, além disso, terá que obter as licenças junto à prefeitura de Porto Velho.
Conforme o conselheiro de Administração do consórcio, Alteredo Gonçalves Filho, o início das obras deve ocorrer entre março e abril, e a área onde o hospital será construído já está definida. Ficará próximo ao Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), no polígono entre as ruas América do Sul e Avenida Guaporé, na zona Leste. Uma área de 52 mil metros quadrados.
‘‘Me sinto grato por fazer parte desse ato histórico para Rondônia, e é pela vontade de Deus que estamos reunidos para celebrar este contrato. É muito bom encontrar uma parceria pública que trabalha com seriedade como é o Governo de Rondônia, isso nos dá segurança para fazer investimentos. A minha alegria é maior ainda por saber que é uma obra de grande alcance social, que irá salvar vidas e aliviar a dor da população. Várias adversidades surgiram até chegarmos a esse momento, mas tudo foi superado. Rondônia será referência, pois outros estados já estão nos procurando, pois tem interesse no mesmo modelo de construção’’, afirma Alteredo Gonçalves Filho.
Além do grande ganho para a saúde pública de Rondônia, o governador destacou que a construção do hospital na zona Leste representa desenvolvimento para a região que abriga a maior parte dos moradores da Capital do Estado, onde ao redor da unidade hospital devem ser criados novos negócios e isso vai gerar emprego, renda e consequentemente desenvolvimento.
O novo hospital terá 399 leitos, centro cirúrgico com dez salas de cirurgia, hemodinâmica e 60 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Coloca fim a um sofrimento de décadas na saúde pública de Rondônia, pois a estrutura do Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II, atualmente referência no atendimento de alta complexidade do Estado, já não comporta as demandas da população que cresceu ao longo dos anos. Para o governador, a nova unidade hospitalar moderna e ampla dará mais dignidade para a população.
VANTAGEM
No modelo BTS, o Governo só faz o pagamento pela obra quando há entregas. O Valor de Pagamento Mensal (VPM) é de R$ 2.889.000,00 (dois milhões e oitocentos e oitenta e nove mil reais), contemplando além da construção, a manutenção ao longo de 30 anos.
O recurso empregado na construção do novo hospital é considerado vantajoso se comparado aos gastos que o Poder Executivo tem para contratar leitos que ajudem a suportar a demanda que excede do JP II.
‘‘O Hospital João Paulo II tem 180 pacientes internados, mas o Governo de Rondônia paga mais 170 leitos em hospitais particulares para pacientes do João Paulo. Um custo de mais de R$ 4 milhões por mês, e agora com o hospital novo deixaremos de gastar esse dinheiro’’, explica Fernando Máximo.
O primeiro bloco do hospital que será entregue até o final deste ano é composto de recepção, pronto-socorro de urgência e emergência; serviço de diagnóstico por imagem; 10 leitos de UTI, sendo um deles de isolamento; central de material esterilizado, 50% do centro cirúrgico; farmácia; 50% do almoxarifado; quatro unidades de internação; cinco leitos de isolamento, Serviço de Nutrição e Dietética (SND), vestiários e administração (50%).
Também estiveram presentes na solenidade de assinatura do contrato de construção do novo Hospital de Emergêcnia e Urgência de Rondônia, os deputados, Drº Neidson, vice-presidente da Comissão de Saúde, e Jair Montes; o secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves; o procurador-geral do Estado (PGE), Maxwel Mota de Andrade; o secretário de Governo da Prefeitura de Porto Velho, Fabrício Jurado; o secretário de Estado de Finanças (Sefin), Luis Fernando Pereira; o superintendente Estadual de Licitações (Supel), Israel Evangelista, e o secretário-adjunto de Estado da Saúde (Sesau), Nélio de Souza.
Rondonia.ro.gov.br